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Pelo direito de defesa da Rússia contra a OTAN!

Pelo direito de defesa da Rússia contra a OTAN!

Os Democratas, fantoches do Complexo Militar Industrial dos EUA, querem escalar a guerra na Ucrânia até um "ponto de não retorno", antes da posse de Trump, que anuncia pretensões para encerrar este conflito para poder escalar a guerra contra a China. Através da Ucrânia lançaram um míssil supersônico contra a Rússia. Em resposta, a Rússia dobrou a aposta e lançou um novo míssil hipersônico na Ucrânia, buscando estabelecer um limite para a escalada.

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No milésimo dia de guerra, a Ucrânia lançou 6 mísseis balísticos fornecidos pelo exército dos EUA, Grã Bretanha e França contra a Rússia. São os mísseis de classe ATACMS, dos EUA, e Storm Shadow, de fabricação franco-britânica.

Os ATACMS são balísticos e supersônicos, com alcance de até 300 quilômetros que podem carregar uma ogiva contendo cerca de 170 quilos de explosivos. São produzidos pela Lockheed Martin e são projetados para serem disparados de um Sistema de Foguetes de Lançamento Múltiplo (MLRS) ou de um Sistema de Foguetes de Artilharia de Alta Mobilidade (HIMARS) – que os Estados Unidos também forneceram à Ucrânia. Os Storm Shadow tem um alcance de cerca de 250 quilômetros, menor que o alcance do ATACMS.  (CNN: Conheça os mísseis de longo alcance que a Ucrânia pode usar contra Rússia, Presidente dos EUA autorizou Kiev a usar armas no território russo).

Dos seis mísseis lançados contra o território russo, cinco foram abatidos e um atingiu uma instalação militar na região de Bryansk.

Em resposta, a Rússia modificou sua doutrina nuclear para corresponsabilizar os fornecedores de armas balísticas contra Rússia e Bielorrússia, no caso, para considerar os EUA, e seus aliados combatentes diretos da guerra contra a Rússia. Putim também reconheceu que a guerra adquiriu um caráter mundial a partir de então.

No dia seguinte, a Rússia lançou um novo míssil hipersônico intercontinental com capacidade nuclear (ICBM - Intercontinental Ballistic Missile) na Ucrânia, o Oreshinik.

Os Democratas, testas de ferro de plantão do Complexo Militar Industrial (CMI), querem escalar a guerra na Ucrânia até um "ponto de não retorno", antes da posse de Trump, que anuncia pretensões para encerrar encerrar este conflito para escalar a guerra contra a China. Para assegurar sua governabilidade, Trump tenta disciplinar o CMI. Todavia, será ele disciplinado ou não terá governabilidade.

No entanto, do ponto de vista dos interesses estratégicos do imperialismo estadunidense, Trump está correto, a China, locomotiva produtiva do mundo é o inimigo principal da hegemonia dos EUA sobre o mercado mundial e do domínio do dólar. O CMI parece estar sendo mais imediatista, preocupado em assegurar o funcionamento imediato da máquina de guerra, ou desconfia que Trump possa não levar o conflito diplomático e comercial com a China as vias de fato, ou seja, a guerra direta, transformando Taiwan, Japão e Coreia do Sul e uma nova zona ucranizada.

Seja como for, o que havia de hesitação até as eleições presidenciais, foi superado com a derrota dos Democratas para o Republicano e Biden "autorizou a Ucrânia a lançar um míssil supersônico contra a Rússia", uma espécie de eufemismo para formalizar o fato dos próprios militares estadunidenses, instalados na Ucrânia desde o golpe de Estado de 2014, operacionalizarem eles próprios o ataque à Rússia.

Em resposta, a Rússia dobrou a aposta e lançou o novo míssil hipersônico Oreshinik na Ucrânia, buscando estabelecer um limite para a escalada. A diferença tecnomilitar entre os mísseis do imperialismo e o novo míssil russo explicamos no artigo: Por que os EUA e seus aliados da OTAN não conseguem interceptar os mísseis Oreshnik da Rússia?

Tendo sido a nova arma aprovada em condições de combate, no dia seguinte, em 22 de novembro, Putin ordenou a produção em série  do Oreshnik.

Nesse contexto, nós defendemos incondicionalmente o direito da Rússia de tomar todas as medidas defensivas contra a escalada do imperialismo. Sim, já sabemos que a Rússia capitalista de Putin não é a URSS, nascida da revolução bolchevique de 1917, que existiu até 1991.

Todavia, como dialéticos materialistas, comprendemos que a Rússia de hoje só pode oferecer a resistência às aspirações expansionistas do imperialismo na Síria ou para o leste, na Ucrânia, por ter um desenvolvimento histórico diferente de todos os países capitalistas, por ser um capitalismo não-imperialista, deformado por décadas de desenvolvimento não-capitalista, como caracterizamos no documento programático: Marxismo e a Guerra Fria após a contrarrevolução. Assim, ainda que tenhamos diferenças de classe com o governo capitalista de Putin, ainda sendo o país um Estado capitalista, por se opor concretamente ao imperialismo, em guerra cada vez mais aberta contra o principal instrumento da opressão dos trabalhadores pelo capitalismo mundial, os comunistas revolucionários reivindicam uma frente única com a Rússia contra o sistema imperialista.

 

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Passou das guerras por procuração para o uso de mísseis balísticos entre os dois lados. Os mísseis balísticos são armamentos de grande poder dissuasório e constituem as principais ameaças militares da atualidade, não só pelo seu grande alcance, mas pela capacidade de transportar ogivas com poder de destruição em massa.

Por que os EUA e seus aliados da OTAN não conseguem interceptar os mísseis Oreshnik da Rússia?

A característica única do sistema de mísseis Oreshnik é que, em primeiro lugar, é um míssil de médio alcance. Ele alcança uma distância de 1.000 km a 5.500 km. Em segundo lugar, ele é hipersônico, voando a uma velocidade de Mach 10. Mach 10 é dez vezes a velocidade do som, equivalendo a 3 km/s.

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