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21/11/2024: a Segunda Guerra Fria entra em novo estágio

21/11/2024: a Segunda Guerra Fria entra em novo estágio

Conflito internacional passou das guerras por procuração, usando conflitos e armas convencionais através de países vassalos, para o uso de mísseis balísticos entre os dois lados. Os mísseis balísticos são armamentos de grande poder dissuasório e constituem as principais ameaças militares da atualidade, não só pelo seu grande alcance, mas pela capacidade de transportar ogivas com poder de destruição em massa.

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Na semana de 17 a 23 de novembro de 2024 a segunda guerra fria, iniciada após a crise econômica de 2008, entrou noutro estágio. Passou das guerras por procuração para o uso de mísseis balísticos entre os dois lados.

Os mísseis balísticos são armamentos de grande poder dissuasório e constituem as principais ameaças militares da atualidade, não só pelo seu grande alcance, mas pela capacidade de transportar ogivas com poder de destruição em massa.

Todavia, nessa mesma semana a Rússia demonstrou na prática, através de um ataque real, que sua capacidade tecnomilitar, com seus mísseis balísticos são superiores aos da OTAN. A Rússia lançou o míssil hipersônico ORÊCHNIK, que em russo significaria "aveleira", contra a quarta maior cidade da Ucrânia.

Notem: Moscou avisou a Kiev um dia antes que lançaria o ataque contra o território ucraniano. Portanto, a OTAN e todo seu maquinário tecnológico com seus radares mais avançados foram avisados antecipadamente. Não obstante, ainda assim, toda a parafernália de radares e satélites da coalizão militar atlantista, incluindo e principalmente os dos EUA, foi incapaz de detectar o mísseis hipersônico russo.

Abaixo, reproduzimos artigo do site Southfront, especializado em questões de relações internacionais, conflitos armados e crises que registra: "os países da OTAN não têm capacidade de interceptá-los":

Dia do Juízo Final: Primeiro uso militar de um míssil balístico intercontinental

 

Em 21 de novembro, a Rússia lançou de seu campo de tiro central interespecífico estatal Kapustin Yar, na região de Astrakhan, um míssil balístico avançado de médio alcance no território da Fábrica Estatal Yuzhmash, em Dnipro, a quarta maior cidade da Ucrânia.

Naquele dia, usando informações disponíveis, especialistas militares presumiram que o ataque foi feito pelo míssil RS-26 Rubezh, não uma arma nova, mas uma velha "esquecida". Este míssil tem a parte de ataque hipersônico, que é equipada com 6 veículos de reentrada múltiplos e independentemente direcionáveis, ou MIRVs, cada um consistindo de 6 ogivas com cargas nucleares táticas. Também foi relatado que o míssil foi equipado com o planador hipersônico Avangard-R e, em vez de cargas nucleares, seus MIRVs foram carregados com festim de metal. Os militares ucranianos alegaram que mísseis hipersônicos russos Kinzhal também foram usados ??no ataque. Outro Patriot, o sistema de defesa aérea mais avançado dos EUA, foi supostamente destruído nos arredores da cidade antes do golpe principal.

Moscou não comentou oficialmente sobre os ataques, mas a diplomacia russa jogou bem o jogo da mídia que Kiev e seus patronos ocidentais impuseram. Após os ataques, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Mariya Zakharova, realizou uma coletiva de imprensa, durante a qual recebeu uma ligação "surpresa" do Ministro das Relações Exteriores Lavrov. Todos ouviram claramente que os ataques relatados pela mídia não deveriam ser comentados. Portanto, esta foi uma confirmação não oficial do ataque.

Na Ucrânia, o uso de tais armas causou inicialmente risos e mal-entendidos. Houve argumentos de que o presidente russo jogou seu último trunfo, mas o blefe supostamente falhou de qualquer maneira. No entanto, já à noite, Vladimir Putin divulgou uma mensagem de vídeo na qual falou
sobre a aplicação do mais novo míssil Oreshnik de médio alcance da Rússia visando uma empresa industrial ucraniana em resposta aos recentes ataques das forças armadas ucranianas contra a Rússia com mísseis ATACMS e Storm Shadow de longo alcance americanos e britânicos. O Kremlin também enfatizou que depois que os mísseis de longo alcance americanos e britânicos foram usados ??contra instalações militares nas regiões de Bryansk e Kursk, "o conflito regional na Ucrânia adquiriu elementos de caráter global".

O Pentágono, por sua vez, reconheceu que o ataque foi de fato realizado por um míssil hipersônico experimental, expressou preocupação sobre isso e disse que a Rússia havia alertado os Estados Unidos com antecedência sobre seus planos de lançar tal míssil para “reduzir o perigo nuclear”.

Depois de ataques tão bem-sucedidos e devastadores, o mundo não será o mesmo. Mostrando seus sistemas avançados de mísseis em ação, a Rússia demonstrou que possui tecnologias de mísseis únicas e está pronta para usá-las efetivamente. Caso o conflito na Ucrânia se transforme em uma guerra em larga escala com a OTAN, tais complexos já podem ser usados ??com munição nuclear padrão, e é impossível interceptá-los, pelo menos sobre a Europa.

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