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Uruguai: balanço da vitória da Frente Ampla

Uruguai: balanço da vitória da Frente Ampla

Esta lacuna que se abre contra a direita foi bem recebida pelos trabalhadores a nível sul-americano, começando pela Argentina e pelo Brasil. Cabe agora à vanguarda militante no Uruguai aproveitar a situação atual para construir o partido que representa a direita. interesses históricos da classe trabalhadora.

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Tendência Militante Bolchevique, seção argentina do Comitê de Ligação pela IV Internacional

O segundo turno eleitoral no Uruguai ocorreu no domingo, 24 de novembro. Cidadãos uruguaios eleitos presidente e vice-presidente da república para o período 2025 – 2030.

Os resultados eleitorais foram os seguintes.

Partido político

fórmula presidencial

Votos para o partido

Porcentagem de votos válidos

Porcentagem de votos expressos

Resultado

Frente larga

Yamandú Orsi  -  Carolina Cosse

1.196.798

51,22%

49,11%

fórmula vencedora

Partido Nacional - Coalizão Republicana

Álvaro Delgado  -  Valéria Ripoll

1.101.296

47,13%

45,19%

Fórmula perdedora

Votos anulados

64.500

-

2,65%

 

Votos em branco

38.478

1,65%

1,58%

Votos observados rejeitados

0

-

0,0%

Total de votos partidários válidos

2.298.094

 

Total de votos expressos

2.436.833

 

Total de eleitores qualificados para as eleições nacionais

2.727.120

 

Fonte:  Justiça Eleitoral (2º turno)




 

Em 27 de outubro, no âmbito das eleições presidenciais gerais , nenhum dos candidatos ultrapassou os 50% mais um dos votos necessários para vencer na primeira volta. Desta forma, os 2 candidatos mais votados naquele dia eleitoral voltaram a se enfrentar no domingo no segundo turno.

Devemos levar em conta o voto descontente do Partido Nacional e do Partido Colorado contra a direita da coalizão que compõem (a chamada coalizão Republicana) que se manifesta com a integração do Cabildo Abierto (Bolsonarismo no Uruguai) e até que ponto esse descontentamento eleitoral dos partidos tradicionais pode voltar-se para a Frente Ampla ou, em última instância, para o voto em branco.

Nas eleições de primeiro turno, em 27 de outubro, também foram votados 2 plebiscitos no Uruguai, que foram rejeitados após não conseguirem obter 50% de aprovação.

O plebiscito sobre a reforma da previdência obteve entre 36% e 41% dos votos, segundo dados de pesquisas. Enquanto isso, o plebiscito noturno (alimentado pelo discurso da direita sobre segurança para permitir ataques) mostrou uma adesão entre 39% e 41%.

O resultado das eleições no Uruguai com a derrota da direita “moderada” do Partido Nacional, o fato de no primeiro turno o bolsonarismo uruguaio do Cabildo Abierto ter ficado de fora do Senado e de o plebiscito a favor do reforma progressiva da redução da segurança social até à idade da reforma com todos os partidos tradicionais contra, incluindo um sector da frente ampla, obteve-se 40%, bem como a possibilidade de realizar rusgas nocturnas, reduzindo Assim, as garantias democráticas são importantes a nível fluvial e sul-americano, pois mostram uma lacuna que se abre à tendência à direita a nível regional e continental.

Esta lacuna que se abre contra a direita foi bem recebida pelos trabalhadores a nível sul-americano, começando pela Argentina e pelo Brasil. Cabe agora à vanguarda militante no Uruguai aproveitar a situação atual para construir o partido que representa a direita. interesses históricos da classe trabalhadora.

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