Marxismo e classes sociais
Uma das teses mais importantes do marxismo para a luta socialista é a categoria de classe social e luta de classes. Os ideólogos da burguesia odeiam isso, porque desperta a consciência de classe dos explorados e oprimidos, homens e mulheres trabalhadores.
Uma caracterização essencial de classe social no interior do marxismo foi realizada por Lênin, depois da Revolução Socialista de 1917.
Ela foi sintetizada num único parágrafo de um texto que tratava da importância do trabalho voluntário no período de transição para o socialismo, os chamados "sábados comunistas". Em Uma grande iniciativa, publicado em julho de 1919, Lênin afirmou:
"E que quer dizer 'supressão das classes'? Todos aqueles que se dizem socialistas reconhecem este objetivo final do socialismo, mas nem todos, longe disso, refletem no seu significado. Chamam-se classes a grandes grupos de pessoas que se diferenciam entre si pelo seu lugar num sistema de produção social historicamente determinado, pela sua relação (as mais das vezes fixada e formulada nas leis) com os meios de produção, pelo seu papel na organização social do trabalho e, consequentemente, pelo modo de obtenção e pelas dimensões da parte da riqueza social de que dispõem. As classes são grupos de pessoas, um dos quais pode apropriar-se do trabalho do outro graças ao fato de ocupar um lugar diferente num regime determinado de economia social" (https://www.marxists.org/portugues/lenin/1919/06/28.htm).
Para Lênin, as classes são determinadas objetivamente:
1) pelo lugar ocupado pelas pessoas num determinado sistema de produção social;
2) pela relação entre as pessoas e os meios de produção;
3) pelo função das pessoas na organização social do trabalho;
4) pelo modo de obtenção e pelas dimensões da parte da riqueza social de que dispõem;
5) por serem historicamente determinadas – as classes sociais não existiram sempre no passado nem existirão sempre no futuro.
Para o marxismo as classes sociais estão ligadas a determinadas fases do desenvolvimento da produção social. Cada modo de produção produz e reproduz suas próprias classes fundamentais e/ou dão novas determinações às classes provenientes de modos de produção anteriores.
Importante notar a ausência que existe na esquerda de cacterizações classistas, o que facilita a hegemonia burguesa e a exploração capitalista sobre os trabalhadores e as trabalhadoras.
Os trabalhadores e as trabalhadoras nunca devem esquecer que vivem numa sociedade de classes e que são explorados pelos capitalistas.