Trabalhadores da argentina lutam contra Milei.
Trabalhadores se manifestam, em Buenos Aires, contra as demissões de servidores públicos por Milei.
,Professores, Professores Universitários, Telefônicos, Metrô e Sindicatos de Fabricantes de Pneus ocuparam a Praça de Maio sexta (27/7) contra o governo Milei (Aporrea)
Na sexta-feira (26/7), ocorreu manifestação de trabalhadores na Praça de Maio, no centro de Buenos Aires, contra o anúncio do governo argentino de “destruir o Estado desde dentro” por meio de cortes e demissões.
Lideranças sindicais, partidos progressistas e de organizações de piquetes alertaram para a nova onda de demissões, tanto no setor público como no privado, planejada pelo governo de extrema direita de Milei. Denunciaram, também, que ao ampliar o desemprego e o arrocho salarial, a recessão aprofunda a precarização.
Os abusos e à motossera de Milei têm mobilizado até o Sindicato Nacional de Fabricantes de Pneus, que tem mantido a categoria mobilizada e em sintonia com entidades como a dos professores, professores universitários, telefônicos e metrô.
O ato unitário foi em resposta ao discurso do novo ministro da Desregulamentação, Federico Sturzenegger, que defendeu acelerar o desmantelamento das estruturas públicas, o que implicará em menos postos de trabalho. A implosão ainda não teria data para continuar, mas traria como prioridade a supressão de funções, a fusão ou simplesmente a dissolução de cerca de 60 organizações estatais, com as suas correspondentes políticas públicas.
O governo deu alguns exemplos dos que serão afetados pela demolição: o Instituto Nacional do Índio (Inai); o Instituto Nacional da Juventude (Injuve) e o Instituto Nacional contra a Discriminação, Xenofobia e Racismo (Inadi), que apesar das demissões massivas e dos sucessivos anúncios de dissolução ainda se mantém de pé.
Fruto das alterações que a Lei de Bases sofreu no Senado, diversas organizações foram excluídas e salvas dos cortes, como o Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas (Conicet); a Administração Nacional de Medicamentos, Alimentos e Tecnologia Médica (Anmat); o Instituto Nacional de Cinema e Artes Audiovisuais (Incaa); o Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (Inta); o Instituto Nacional de Tecnologia Industrial (Inti); e o Banco Nacional de Dados Genéticos (Bndg). Quanto aos demais, o governo Milei acredita que pode devastar seis dezenas, que iriam “deixar de existir”, com seus trabalhadores ficando sem funções e, portanto, sem emprego.
Diante disso, não existe outra alternativa senão a luta. Dia 7 de agosta ocorrerá outra mobilização.