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Delfim Netto: morreu um dos principais dirigentes da ditadura militar

Delfim Netto: morreu um dos principais dirigentes da ditadura militar

Morreu aos 96 um dos organizadores da ditadura militar: Delfim Netto. Com sua política econômica aumentou a desigualdade social e a exploração do trabalhadores. Só podemos lamentar uma coisa diante da morte desse inimigo do povo: ele não ter sido julgado por seus crimes. Absurdo Lula e várias lideranças do PT homenagearem esse destacado membro da ditadura militar.

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Camarilha  da ditadura militar: da esquerda para a direita, Abreu Sodré, governador de São Paulo, Arthura da Costa e Silva, presidente do Brasil, Paulo Salim Maluf, presidente da Caixa Econômica Federal e Antonio Delfim Netto, ministro da Fazenda (ao fundo de óculos escuros o general Emulio Garratazu Médici), durante abertura oficial do VI Salão do Automóvel, no Pavilhão do Parque Ibirapuera, em São Paulo. (Imagem: Estadão Conteúdo/ Agência Estadi)

 

Morreu com 96 anos, dia 12/8, o famoso superministro da ditadura militar, Antônio Delfim Netto (1928-2024). Foi nomeado ministro da Fazenda (Economia) em 1967, aplicando uma política de crescimento econômico sustentada no endividamento externo, na superexploração, no arrocho salarial e na brutal repressão ao movimento operário-popular. Isso gerou o "milagre ecoômico", que levou à década perdida de 1980. Quem perdeu foi o povo trabalhador, que lucrou foram o imperialismo, a burguesia brasileira e apoiadores da ditadura militar.

Delfim Netto, faleceu com a melhor assistência médica possível, viveu bem e foi deputado federal diversas vezes. Noutras palavras, foi bem recompensado pelos exploradores e opressores do povo brasileiro. Sua teoria célebre foi a de "fazer o bolo crescer para depois dividir". Na verdade, foi visto foi mais desigualdade social, exploração, censura, prisões. 

Ele nunca foi um simples técnico, como gostava de afirmar. Em 1968  assinou contra o povo brasileiro, o Ato Institucional n° 5 (AI-5), que levou centenas de brasileiros à tortura, ao assassinato e, quando menos, ao exílio. De fato, Delfim netto foi um ser abjeto que usou seus conhecimentos e dedicação para enriquecer mais ainda os burgueses do Brasil e do exterior: um inimigo do povo. 

Delfim Netto morreu em completa impunidade pelos seus crimes.

Mas,  o pior foi ver esse canalha ser homenageado por  vários dirigentes da esquerda como Chico Alencar (PSOL), Haddad (PT),  Randolfo Rodrigues (PT) e, principalmente,  Lula.

Foi uma segunda morte para mortos, desaparecidos, sobreviventes e famílias que sofreram as violências da ditadura militar. Isso quando, em 2021, Delfim Netto declarou que assinaria o AI-5 de novo.

Delfim Netto só deve merecer desprezo dos trabalhadores e das trabalhadoras!

 

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