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A importância de Leon Trotsky para o movimento dos trabalhadores

A importância de Leon Trotsky para o movimento dos trabalhadores

O 21 de agosto de 2024 marca os 84 anos do assassinato do principal dirigente militar e, ao lado de Lênin, importante líder político da Revolução Russa de Outubro de 1917: Leon Trotsky (1979-1940). O assassinato de Trotsky, ordenado por Josef Stalin, é uma expressão do massacre perpetrado pela burocracia stalinista contra os dirigentes da Revolução de Outubro. Muitos deles, trotskistas ou não, foram vitimas de execuções, sobretudo, a partir dos Processos de Moscou, entre 1936 e 1938.

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Frederico Costa

Leon Trotsky (1879-1940), dirigente da Revolução Socialista Russa de 1917 ao lado de Lênin, esteve no centro da revolução e da contrarrevolução no século XX, sendo seu pensamento uma resposta ativa às contradições de seu tempo. Nesse sentido, desenvolveu um conjunto de contribuições ancoradas no contexto das lutas do movimento operário e das disputas de suas correntes políticas na perspectiva da tomada do poder pelos trabalhadores e na consequente construção do socialismo.

Trotsky deixou um conjunto de contribuições para o desenvolvimento do marxismo e para o movimento organizado do proletariado como, por exemplo: 1) a denominada teoria da revolução permanente, que identificou, já em 1905, a dinâmica do processo da revolucionário russo, baseado na lei histórica do desenvolvimento desigual e combinado; 2) a visualização da função revolucionária dos conselhos operários (sovietes); 3) a antecipação da possibilidade de fracasso e isolamento da Revolução Russa caso fosse vitoriosa a fração stalinista e sua tese de “socialismo num só país”; 4) a apresentação da inevitável derrota do movimento operário alemão pelo nazismo diante da política divisionista do stalinismo e da social-democracia; 5) a necessidade de uma frente única das organizações do movimento para derrotar o fascismo; 6) a teoria do fascismo como mobilização reacionária de massas e expresssão dos interesses do capital financeiro; 7) A análise do processo revolucionário chinês e da guerra civil espanhola, criticando a política stalinista de “revolução por etapas”, levantando as coordenadas estratégicas para a dinâmica da revolução socialista nos países atrasados ou periféricos; 8) a defesa dos Estados operários e dos países oprimidos ou periféricos contra as ofensivas do imperialismo; 9) o vislumbre da hegemonia do imperialismo estadunidense como consequência da derrota dos imperialismos europeus e japonês na II Guerra Mundial; 10) a importância da organização política internacional dos trabalhadores, a continuidade da Internacional Comunista (com a IV Internacional).

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