Israel: greve geral acirra a crise do governo genocida de Netanyahu
O Estado sionista de Israel testemunha uma raiva generalizada sobre a forma como o governo genocida de Netanyahu está lidando com a guerra em Gaza, com milhares de pessoas entrando em greve geral nesta segunda-feira (2/9). O Tribunal do Trabalho de Israel decretou o fim da greve às 14h30 (horário da Palestina).
Israelenses protestam a favor do acordo com o Hamas na Ponte Begin em Tel Aviv, 2/9/2024 (Imagem: Al Manar)
O Estado sionista de Israel testemunha uma raiva generalizada sobre a forma como o governo genocida de Netanyahu está lidando com a guerra em Gaza, com milhares de pessoas entrando em greve geral na segunda-feira (2/9), quando um tribunal ordenou o fim da greve.
O Tribunal do Trabalho de Israel decidiu que a greve geral, que fechou grande parte da economia, deve terminar às 14h30 (horário da Palestina), segundo documentos judiciais vistos pela agência de notícias Reuters.
A greve começou esta manhã e foi interrompida por ordem judicial às 14h30. Centenas de manifestantes bloquearam as principais estradas de Tel Aviv, incluindo a Ayalon Highway e a Begin Street, informou a mídia israelense.
Arnon Bar-David, presidente da Federação Trabalhista Histadrut, que ordenou a greve geral, disse que respeita a decisão do Tribunal do Trabalho.
"É importante enfatizar que a greve de solidariedade foi uma medida significativa e eu a apoio. Apesar das tentativas de pintar a solidariedade como política, centenas de milhares de cidadãos votaram com os pés", disse ele em um comunicado, conforme relatado pelo The Times of Israel.
Enquanto isso, o "Fórum de Reféns e Famílias Desaparecidas" encorajou o público israelense a continuar as manifestações, apesar da decisão.
Passageiro judeu passa por uma área de espera vazia no aeroporto Ben Gurion depois que o principal sindicato israelense anunciou uma greve geral.
"Não se trata de um ataque, trata-se de resgatar os 101 reféns que foram abandonados por Netanyahu com a decisão do gabinete na quinta-feira passada", disse o fórum, referindo-se à votação de ministros que apoiam a presença militar israelense no Corredor Filadéfia.
Comentando sobre a greve geral, Netanyahu a classificou como uma demonstração vergonhosa de apoio ao Hamas e seu líder Yahya Sinwar, de acordo com citações vazadas da reunião semanal do gabinete.
A greve é "uma desgraça. Isso é revelador a Sinwar: você matou seis; aqui estamos, apoiando vocês", disse Netanyahu aos ministros, em referência aos seis reféns assassinados por seus captores do Hamas, informou o site de notícias Ynet.
Netanyahu também é citado dizendo aos ministros: "Devemos permanecer no Corredor Filadélfia é essencial para a segurança israelense."
Centenas de milhares de israelenses foram às ruas no domingo após a descoberta dos corpos de seis prisioneiros israelenses que foram mantidos na Faixa de Gaza no fim de semana.
Fonte: https://english.almanar.com.lb/2188991