Trabalhadores da Boeing em greve em Everett, Washington, em 13 de setembro de 2024 (Foto: wsws.org)

O primeiro dia da greve de 33.000 maquinistas da Boeing nos estados de Washington, Oregon e Califórnia mostrou o tremendo poder da classe trabalhadora. Os trabalhadores saíram pouco depois da meia-noite da manhã de sexta-feira (13/9) depois de rejeitar por quase 95% um contrato de venda apoiado pela liderança da Associação Internacional de Maquinistas (IAM) e votarem por 96% para entrar em greve.

A greve é um golpe contra a gigante aeroespacial, que está buscando empurrar os custos de sua crise em andamento para as costas dos trabalhadores. É também um repúdio à burocracia do IAM, que trabalhou em conjunto com a corporação e o governo Biden-Harris para tentar evitar uma greve contra um importante exportador dos EUA e grande empreiteiro de defesa.

Os maquinistas da Boeing estão expressando os verdadeiros sentimentos dos trabalhadores em todo o país e em todo o mundo. Há uma enorme oposição dentro da classe trabalhadora ao ataque aos padrões de vida, ao aumento da desigualdade social e aos ataques aos direitos sociais básicos. A posição tomada pelos trabalhadores da Boeing está dando voz a esses sentimentos.

Os trabalhadores sofrem o impacto do crescente custo de vida, que é  agravado por mais de uma década de extensões de contrato impulsionadas pelo IAM. Além disso, há o completo abandono dos padrões de qualidade e segurança pela administração da Boeing, especialmente após a fusão de 1997 entre a Boeing e a empreiteira de defesa McDonnell Douglas.

A luta de classes tende a se acirrar nos EUA e o proletariado estadunidense está se movendo. Isso é uma grande notícia para os trabalhadores de todos os países. 

Pelo internacionalismo proletário, todo apoio à greve dos trabalhadores da Boeing!!!

Fonte:t htps://www.wsws.org/en/articles/2024/09/14/rmjh-s14.html