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UMA MERECIDA CADEIRADA E A CATARSE POPULAR

UMA MERECIDA CADEIRADA E A CATARSE POPULAR

Tanto a ascensão meteórica de Pablo Marçal quanto a reação popular positiva diante da cadeirada desferida contra ele, imediatamente condenada pela grande mídia, expressam o descontentamento social contra o sistema.

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Foto: Reprodução

 

A reação popular à cadeirada de Datena em Marçal expressa uma catarse vingativa contra o fascistoide provocador 

A fato político ocorreu no debate da TV Cultura no dia 15/09 tornou-se o assunto principal em todas as redes sociais no Brasil.

Por que esse gesto agressivo recebeu tanto engajamento, quase sempre simpático ao movimento brusco de Datena?

Porque é o desdobramento de uma campanha provocativa de Pablo Marçal contra todas as demais candidaturas. A reação da população é uma catarse contra o provocador, um alívio, um sentimento dos que não simpatizam com ele de que alguém teria que dar um basta em suas provocações, que elas não poderiam ficar impunes. Afinal, se todos os outros candidatos o acusam, com provas, de bandido, por que segue na disputa? Perguntam-se todos os que se sentem insultados pela campanha de baixo nível do bolsonarista pós-Bolsonaro.

Ele, obviamente, tentou fazer do episódio sua facada a la Bolsonaro, seu tiro na orelha a la Trump, mas a reação popular predominante não foi de solidariedade por sua vitimização, mas de desmoralização, pois todos viram que ele provocou nitidamente o adversário até receber o que merecia, contando que Datena não o atacaria fisicamente como fez  no debate anterior.

Afinal de contas, ele como corresponde a seus métodos, dobrou a aposta na provocação e não esperava a reação do principal apresentador policialesco da direita, cujas pesquisas apontam que não tinha muito a perder.

Marçal começou sua fortuna aplicando golpes em aposentados e é acusado de lavar dinheiro de quadrilhas através de seu charlatanismo coach. É o sumo da degradação virtual-social repugnante e expressa uma falange do bolsonarismo, o neonazismo contemporâneo e nacional, que busca capitalizar o justo e progressivo sentimento antisistema da população trabalhadora, de forma reacionária, explícita e reiteradamente anticomunista,  apelando sempre para o que existe de mais canalha, individualista e mercenário no ser humano.

Tanto a ascensão meteórica de Pablo Marçal quanto a reação popular positiva diante da cadeirada desferida contra ele, imediatamente condenada pela grande mídia, expressam o descontentamento social contra o sistema.

Se não fosse tão limitada e conciliadora, a candidatura Boulos serviria de instrumento de mudança mais ampla e com muito mais justeza e potência capitalizaria o sentimento que vem sendo usurpado por candidatos da direita.

A candidatura Boulos deve convocar a mobilização popular para rechaçar Marçal, Datena, Nunes e Tábata, tomando as ruas, escurraçando das ruas e das eleições as candidaturas da reação da direita e do fascismo.


Nas eleições municipais de São Paulo, o Partido Comunista defende o programa apresentado pelo Comitê Popular Antifascista abaixo:

  • Reforma urbana que distribua os milhares de imóveis ociosos da capital para quem não tem onde morar.
  • Fim da especulação no entorno da cracolândia.
  • Programa de geração de emprego com carteira assinada em obras públicas e serviços.
  • Passe livre nos transportes coletivos municipais.
  • Fim do processo de militarização da GCM.
  • Pela punição dos militares assassinos e torturadores de 1964 e de hoje.
  • Em defesa do direito de cátedra. Contra a padronização da Educação, limitadora da ação criativa pedagógica e que aprofunda as relações de alienação do trabalho.
  • Pelo fim da terceirização dos serviços públicos e relacionada ao atendimento das demandas da educação infantil e fundamental.
  • Realização de concursos públicos, ação necessária para suprir necessidades e garantir a manutenção das escolas de maneira adequada de módulos e quadros de apoio.
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