PARA O RESGATE DO PARASITISMO FINANCEIRO
Ajuste às províncias e ataque aos trabalhadores do governo de Milei.
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Para continuar com sua política de ajuste fiscal funcional para o aprofundamento da financeirização com seu objetivo de déficit 0, Milei prepara um ajuste brutal (que na verdade aprofunda o que já está em andamento contra as províncias e suas populações) Como apontam até mesmo "think tanks" neoliberais como FIEL- Fundação de Pesquisas Econômicas Latino-Americanas.
“Desde o início do ano, as transferências discricionárias do governo nacional para as províncias caíram drasticamente. De acordo com estimativas da consultoria FIEL, essas transferências diminuíram 80% em relação ao ano passado, passando de 571.244 milhões de pesos mensais em 2023 para 83.538 milhões em 2024. Este corte afetou significativamente as províncias, que receberam menos de 15% dos recursos que receberam no mesmo período do ano anterior.
Além disso, as transferências automáticas, que incluem coparticipação e leis complementares, também mostraram uma queda real de 14% ao descontar a inflação, apesar de uma variação nominal de 217%. De acordo com dados da IARAF, essas transferências atingiram 25.208 bilhões de pesos até agosto, em comparação com 7.965 bilhões no mesmo período do ano anterior.” (Milei pediu às províncias um ajuste de 60 bilhões de dólares)
Em seu discurso ao Congresso em 15 de setembro, Milei foi explícito sobre o ajuste brutal que está por vir.
"Assim como o déficit é o coração do problema, a redução dos gastos para alcançar superávit estará no centro da solução", resumiu Milei, que também estendeu essa responsabilidade aos governadores. Em seu discurso, o presidente pediu aos líderes provinciais que reduzissem suas partidas em 25 pontos do PIB, o que implicaria um ajuste adicional de aproximadamente US$ 60 bilhões.” (idem).
Isso implicará um ataque feroz aos salários e empregos dos trabalhadores provinciais e às populações das províncias de conjunto pelo ataque que isso significa à educação e à saúde pública prestada principalmente pelos estados provinciais, além de que seria o fim definitivo de toda obra pública o que aprofundaria os efeitos recessivos nas províncias. Esta média entrará em contradição com os apartaos políticos à frente dos estados provinciais e os setores econômicos das burguesias provinciais ligados a eles. Isso agravará as contradições no auge político e trará problemas de governabilidade ao governo de Milei.
Diante dessa perspectiva, setores políticos do próprio partido de Milei (A Liberdade Avança) saíram para corrigir a magnitude do ajuste às províncias como Jose Luis Eespert, deputado do partido de Milei, que indicou que o ajuste às províncias será de 20.000 milhões de dólares, não de 60.000, como havia dito Milei, ainda não sabemos quais eram as tendências finais, pois isso dependerá antes de tudo das contradições da classe dominante e, acima de tudo, da resposta dos trabalhadores, assim e toda aquela linha mais "moderada" que agora Ecoa Espert aponta “Aqui o que tem que vir é um grande ajuste de emprego público nas províncias e municípios”, disse o deputado de La Libertad Avanza e presidente da comissão de Orçamento e Finanças da Câmara Baixa” (Espert corrigiu o corte que as províncias devem fazer: US$ 20.000 milhões, não US$ 60.000 como havia dito Milei).
A classe trabalhadora a nível nacional deverá aproveitar as lacunas que tal magnitude do ajuste trará para frear o próprio ajuste e avançar com suas lutas.
Original: https://tmb1917.blogspot.com/2024/09/para-el-rescate-del-parasitismo.html