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Os responsáveis pela crise climática: a burguesia agrária e a extrema direita

Os responsáveis pela crise climática: a burguesia agrária e a extrema direita

As queimadas criminosas ocorridas até agora, estão contribuindo para o agravamento da crise climática, são produto do capitalismo no campo e da concentração de terras nas mãos de poucos.

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Foto: Jader Souza/AL Roraima

 

As classes dominantes brasileiras têm entre suas caracterísiticas principais a superexploração da força de trabalho e a destruição da natureza. Isso vem desde a colonização e tem piorado nos dias atuais com o desenvolvimento do capitalismo dependente num país periférico como o Brasil.

Essa relação destrutiva com a natureza é própria do capitalismo, que está centrado na busca incessante de lucros. Esse é o sentido das ações da burguesia agrária no Brasil e é central para entender o que está acontecendo no campo.

Atualmente, na divisão internacional do trabalho o Brasil ocupa um lugar periférico, subordinado. No Brasil, o modelo agrário-exportador tem se intesindicado nos últimos anos através do processo de desindustrialização e reprimarização da economia. Esse modelo nasceu dos grandes latifúndios de terra desde da época colonial e da monarquia, baseado no trabalho escravo. Continuou durante a República por meio das oligarquias regionais. Com o golpe contra setores nacionalistas e populares oi modernizado durante a ditadura militar, garantindo grandes lucros para os grandes grupos econômicos nacionais e estrangeiros.

Atualmente, na divisão internacional do trabalho o Brasil ocupa uma posição subordinada e periférica. O Brasil é um país oprimido pelo imperialismo e exportador basicamente de "commodities", que são mercadorias primárias de origem agrícola, pecuária, mineral e ambiental que fornecem matérias-primas importantes para a produção industrial global.

Por isso, o destaque do agronegócio  (capitalismo no campo) é central na política brasileira.

Junto com as igrejas evangélicas e militares (e forças armadas em geral), as elites agrárias e os setores que elas organizam são hoje os grupos de sustentação social da política da extrema direita.

A bancada ruralista (capitalistas do campo e latifundiários) é hoje a maior bancada temática do Congresso Nacional, com 324 representantes na Câmara e 50 no Senado Federal e sua relação com a extrema direita não se encerrou com a derrota de Bolsonaro em 2022. Em maio deste ano, a Frente parlamentar agropecuária se reuniu com o ex-presidente para reafirmar o compromisso de vetos de Bolsonaro à lei contra "fake news" e alterações à Lei de Segurança Nacional que aumentariam a  pena de militares que atentarem contra as conquistas democráticas do povo.

Ainda nesse ano, a Frente Parlamentar da Agropecuária, grupo que reúne parlamentares da Câmara e do Senado, indicou que suas prioridades em 2024 seriam a derrubada do veto de Lula ao PL do veneno (que faz com que agrotóxicos tenham que ser aprovados apenas pelo Ministério da Agricultura, não mais pelo IBAMA e Anvisa também) e a aprovação do Marco temporal como emenda constitucional, saqueando as terras indígenas.

Diante desse quadro, como derrotar a extrema direita, preservar a natureza e defender os direitos da maioria da população brasileira?

Só cortando o mal pela raiz.

É preciso uma reforma agrária sob o controle dos trablahadores e a transformação das grandes empresas capitalista em propriedade pública. Para isso, as organizações dos trabalhadores (sindicatos, movimentos populares e partidos de esquerda) precisam construir uma frente única pela democratização das terras brasileiras. Terra para quem nela trabalha!

 

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