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A tarefa dos trabalhadores na luta eleitoral: derrotar a extrema direita com um programa operário-popular

A tarefa dos trabalhadores na luta eleitoral: derrotar a extrema direita com um programa operário-popular

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As eleições municipais são um dos momentos importantes da democracia liberal brasileira, que é formal e extremamente limitada. Nosso regime político é típico de um Estado burguês nos marcos de um país capitalista periférico. De fato, as eleições, em última instância, ocorrem no marco e sob as regras das classes dominantes. Mesmo assim, é dever dos comunistas intervirem nas eleições enquanto os trabalhadores tiverem ilusões com o regime burguês e não estiverem ainda construindo seus organismos de poder (conselhos, sovietes, poder popular ou zonas liberadas).

Para piorar não existe no Brasil um forte Partido Comunista inserido nas massas trabalhadoras. O que temos é um partido operário burguês, o PT, com bases de massas, mas com um programa democrático-burguês de administrar o capitalismo dependente brasileiro. A direção do PT, por uma série de fatores, está cada vez mais à direita, com a defesa de uma política de austeridade progressivamente agressiva.

No entanto, há uma contradição. O imperialismo e setores majoritários das classes dominantes odeiam o PT, por causa de sua base social, de seu alinhamento com países anti-imperialistas, de seu tímido desenvolvimentismo e de seu diálogo com as pressões do movimento operário-popular. Por isso, a extrema direita cresce, com as vacilações do reformismo petista e o apoio do grande capital.

Diante disso, de maneira firme, os comunistas defendem o governo Lula contra a burguesia e o imperialismo, ao mesmo tempo, combatem a política capituladora do governo com o incentivo à mobilização dos trabalhadores e trabalhadoras por seus interesses imediatos (reformas) e históricos (revolução socialista).

Nessas eleições, é preciso derrotar a extrema direita apoiando candidaturas que possibilitem melhores condições de organização e luta para os trabalhadores. O campo dos comunistas é ao lado de milhões que votarão com o PT. Quando a situação piora os trabalhadores e trabalhadoras brasileiros voltam-se para suas organizações tradicionais, como o PT. Esse é o mesmo critério para apoiar candidaturas do PSOL, como em São Paulo, Recife e Belém.

Quando candidaturas do PT representarem oligarquias regionais não contrapostas à extrema direita a única alternativa é o voto nulo. Os comunistas do PC não indicarão votos em variantes da extrema direita.

O PT, principal partido da esquerda, tem 1.380 candidaturas próprias majoritárias, disputando prefeituras em 13 capitais e 126 cidades com mais de 100 mil eleitores, número que supera o da eleição de 2020. Também há cerca de 26.700 candidatos a vereador em todo o país. Na federação Brasil Esperança, são outras treze capitais em que o PT está ao lado de candidaturas do PV e do PCdoB, e 219 candidaturas e coligações em cidades com mais de 100 mil eleitores.

Votar PT contra a extrema direita com um programa dos trabalhadores! Avançar na luta pelo socialismo!

 

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