O Estado colonial de Israel estende sua guerra genocida ao Líbano
Ondas brutais de ataques aéreos israelenses se sucedem inabalavelmente desde segunda-feira (30/9). Até terça-feira de manhã (1/10), eles haviam matado 558 pessoas no sul e leste do Líbano, incluindo mulheres e crianças, enquanto deslocavam milhares de outros que fugiram para o norte em busca de segurança após os avisos de evacuação das Forças de Defesa de Israel (IDF). Pelo menos 1835 civis ficaram feridos.
Ataque aéreo de Israel em Beirute, no Líbano /Imagem: 1.out.2024/Photo by AFP
As imagens mostram as forças israelenses bombardeando casas civis no sul do Líbano e no vale de Bekaa, atingindo pelo menos 58 cidades e vilas. De acordo com o Ministério da Saúde do Líbano, os bombardeios israelenses atingiram casas, centros médicos, ambulâncias e carros de pessoas que tentavam fugir. Famílias libanesas inteiras foram aniquiladas. Imagens horríveis mostram crianças presas sob os escombros.
O ataque de segunda-feira (30/9) ocorre em meio a temores de uma iminente invasão terrestre israelense no Líbano, que ameaça se tornar uma guerra regional completa. Em uma entrevista concedida à CNN no domingo, o secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou que uma guerra total implicaria "a possibilidade de transformar o Líbano em outra Gaza", o que seria "uma tragédia devastadora para o mundo".
Uma guerra regional é exatamente o que Israel quer. Armado com um suprimento inesgotável de armas americanas, Netanyahu está estendendo sua guerra genocida com a clara intenção de uma escalada regional que poderia envolver diretamente os Estados Unidos. Após o massacre de segunda-feira, o Pentágono enviou tropas adicionais para a região em antecipação a um conflito maior. O ataque também ocorre poucas horas depois que o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, expressou seu "apoio ao direito de Israel de se defender dos ataques do Hezbollah libanês".
Seguindo o roteiro de Gaza, o exército israelense caracterizou o massacre como um ataque "extensivo" contra o Hezbollah, enquanto repete como um papagaio a lógica genocida de que não há civis no Líbano.
Os próprios ministros israelenses têm pedido abertamente o genocídio no Líbano, enquanto outros agora pedem às IDFs que "tomem o controle" e estabeleçam uma "zona tampão" no sul do Líbano. Em resposta aos ataques israelenses, o Hezbollah lançou uma enxurrada de foguetes contra o norte de Israel, a maioria dos quais foi interceptado e não causou vítimas (o Hezbollah prometeu repetidamente acabar com seus ataques contra Israel se ocorrer um cessar-fogo em Gaza).
O massacre de segunda-feira ocorre logo após os serviços de inteligência israelenses lançarem um ataque terrorista em massa dentro do Líbano, detonando remotamente milhares de dispositivos eletrônicos, matando pelo menos quarenta pessoas e ferindo e mutilando milhares, ao mesmo tempo em que "desenganou medo, pânico e horror generalizados entre a população libanesa", como disse um alto funcionário da ONU. Este ataque ocorre após a mortal ofensiva aérea israelense de sexta-feira no Líbano, na qual mais de trinta civis e um alto comando do Hezbollah foram mortos.
Sob o pretexto de lutar contra o terrorismo, Israel continua a agir com impunidade na região, encorajado pelo apoio incondicional dos Estados Unidos e pelo fluxo incessante de armas. Durante doze meses, os Estados Unidos fabricaram e enviaram bombas com as quais Israel massacrou mais de 40.000 palestinos em Gaza e quase mil civis no Líbano (de acordo com ArmedConflict Location and Event Data, Israel lançou mais de 8.000 ataques no Líbano desde outubro passado). Desde o início de sua guerra genocida em Gaza, Israel cometeu crimes de guerra quase todos os dias, e cada crime de guerra carrega os traços inegáveis da cumplicidade dos Estados Unidos.
Frente a esse genocídio implementado por Israel e Estados Unidos, os trabalhadores e trabalhadoras têm lado: o lado dos oprimidos e explorados!
Abaixo a guerra contra os palestinos, o Líbano, o Iêmen, a Síria e o Irã!
Fonte: https://rebelion.org/israel-extiende-su-guerra-genocida-al-libano/