A Câmara dos Deputados rejeita taxação de ricos: maioria de deputados não gosta de pobres
A Câmara de Deputados, parte integrante do Estado burguês, aprova a reprodução da desigualdade social no Brasil. Os partidos de esquerda devem chamar os trabalhadores e as massas populares para irem às ruas por seus direitos.
A Câmara dos Deputados rejeitou na quarta-feira (30) a inclusão de um imposto sobre grandes fortunas no projeto da reforma tributária, encerrando a votação com 262 votos contrários e 136 favoráveis à medida. A proposta era parte de um destaque do PSOL, que defendia a taxação de patrimônios acima de R$ 10 milhões como forma de ampliar a justiça fiscal no Brasil.
A alíquota sugerida pelo partido era progressiva: 0,5% para fortunas entre R$ 10 milhões e R$ 40 milhões; 1% para bens entre R$ 40 milhões e R$ 80 milhões; e 1,5% para patrimônios acima de R$ 80 milhões. Segundo o texto proposto, a medida afetaria residentes no Brasil e no exterior que possuem bens no país, mas excluiria do cálculo bens como um único imóvel até R$ 2 milhões e saldos devedores de financiamentos e de dívidas relacionadas à aquisição de participações societárias.
No entanto, a sugestão não conseguiu apoio suficiente para ser incorporada ao texto final da reforma, aprovado pela maioria dos parlamentares.
A Câmara de Deputados, parte integrante do Estado burguês, aprovou a reprodução da desigualdade social no Brasil. Os partidos de esquerda devem chamar os trabalhadores e as massas populares para irem às ruas por seus direitos.