6x1: pelo fim da jornada de trabalho escravista!
Trabalhar menos para viver mais e seguir na luta pelas 30 horas semanais, a semana de 4 dias e o Salário Mínimo do Dieese!
Confira os locais e horários dos atos do dia 15 de novembro, sexta-feira:
São Paulo - Av. Paulista com Brigadeiro, 9h
Rio de Janeiro - Frente da Câmara Municipal, 10h
Belo Horizonte - Praça 7, 12h
Brasilia - Rodoviária do Plano Piloto, 9h
Recife - Parque 13 de Maio, 9h
Porto Alegre - Usina do Gasômetro, 15h
Os comunistas acreditam que o fascismo é uma variante política do capitalismo, sistema econômico que para aumentar a exploração dos trabalhadores apela ao fascismo.
O nazismo alemão impôs o trabalho escravo aos trabalhadores estrangeiros e oprimidos. No Brasil, o governo golpista de Temer impôs a reforma trabalhista e sindical. Depois, Bolsonaro, quando presidente, declarou que os trabalhadores tinham que renunciar aos direitos para ter empregos.
Apesar do avanço das tecnologias que possibilitam diminuir a jornada laboral, os trabalhadores têm sido obrigados a trabalhar cada vez mais, com o aumento da jornada e da intensidade dos ritmos de produção. Trata-se do que Karl Marx chamava de aumento da mais valia absoluta. É a escravidão moderna.
Ao contrário do que se esperava no século passado, o processo de superexploração e precarização do trabalho teve um salto de qualidade a partir do século XXI e, no Brasil, após o golpe de 2016, da reforma trabalhista e do governo Bolsonaro.
Foi a partir daí que se normalizou cada vez mais a redução do descanso semanal, se instituiu a jornada de 6 dias de trabalho por um de folga. Uma exploração extraordinária, baseada no arrocho salarial.
Trabalhar seis dias por semana não é vida, é escravidão. Esse regime de trabalho se expande sob pressão da extrema direita fascista e adaptação da esquerda no governo federal da frente ampla, que se opõem a revogação da reforma trabalhista, e assim favorece a continuidade do processo de superexploração e precariedade do trabalho.
A classe trabalhadora tem reagido de diversas formas a essa superexploração. Uma das reações é o adoecimento físico e psíquico por exaustão. Uma forma individual e mórbida que não depende da vontade do trabalhador, mas dos limites do corpo.
Por isso, 30% dos trabalhadores brasileiros enfrentam a síndrome do esgotamento profissional (Burnout), uma condição ocupacional classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um distúrbio psíquico de caráter depressivo, precedido de esgotamento físico e mental intenso.
A forma progressiva, coletiva e política de reagir à superexploração tem sido a luta pela vida além do trabalho, greves, paralisações, os protestos, campanhas salariais.
Em Pindamonhangaba (SP), trabalhadores da fábrica Gerdau em campanha salarial conquistaram, no mês de setembro, sua antiga reivindicação pelo fim da escala 6×1. Na empresa metalúrgica ligada ao setor automotivo e outros trabalham cerca de 2.500 operários.
O acordo imposto pela luta dos metalúrgicos estabelece a migração de todos os funcionários que hoje estão nesse modelo para outras jornadas a partir de janeiro de 2025 e proíbe que empresa volte a utilizar essa escala.
Conquistaram também aumento salarial acima da inflação e os direitos trabalhistas foram mantidos.
Também se criam movimentos como o VAT, Vida Além do Trabalho que recém elegeu um vereador no Rio de Janeiro, Ricardo Azevedo, pelo PSOL.
Lutar contra o fascismo é lutar contra o capitalismo. Lutar contra o capitalismo é lutar contra a exploração dos trabalhadores, por salários dignos, direito a férias regulares, licença parental, limitação de horas extras e jornadas de trabalho cada vez menores, como a de 30h semanais.
Ironicamente, os deputados e senadores, que possuem uma jornada de 3x4, se opõem à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da abolição do sistema de escravidão da escala 6x1.
* Fim da Escala 6x1
* 30 horas semanais
* Salário Mínimo do Dieese
* Semana de 4 dias