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Estados governados pela extrema direita incentivam o aumento da população em situação de rua

Estados governados pela extrema direita incentivam o aumento da população em situação de rua

SP, RJ e MG concentram mais de 60% de trabalhadores em situação de rua no Brasil, reflexo de políticas sociais insuficientes e negligência habitacional.

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Foto: ponte.org

O número de pessoas em situação de rua no Brasil alcançou a marca de 327.925 em dezembro de 2024, um aumento de 25% em relação ao ano anterior, segundo o Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua (OBPopRua/POLOS-UFMG). Desses, mais de 60% vivem em três estados governados por aliados do ex-presidente neofascita Jair Bolsonaro (PL): São Paulo, com Tarcísio de Freitas (Republicanos); Rio de Janeiro, com Claudio Castro (PL); e Minas Gerais, com Romeu Zema (Novo).

A região Sudeste concentra 63% da população em situação de rua no país, com 204.714 pessoas. São Paulo lidera com 139.799, seguido pelo Rio de Janeiro (30.801) e Minas Gerais (30.244). Em conjunto, esses estados refletem a destruição neoliberais de políticas públicas estruturantes e a ausência de interesse para resolver o problema da moradia, gerando oportunidades para a população vulnerável. A extrema direita favorece a especulação imobiliária contra as necessidades de moradia da população trabalhadora. A única solução desses governos neofascistas é o aumento da repressão contra os pobres.

O agravamento dessa situação é resultado de uma combinação de cortes orçamentários, falta de investimentos em programas habitacionais e ausência de ações integradas entre os estados e o governo federal. A  ausência de políticas públicas voltadas para moradia, trabalho e educação amplifica o problema e reforça o ciclo de exclusão social próprio do capitalismo periférico. Dados revelam que sete em cada dez pessoas em situação de rua não concluíram o ensino fundamental e 11% são analfabetos, um indicativo do descaso dos governos estaduais com a educação básica.

Sob a gestão de Tarcísio de Freitas, São Paulo, o estado mais rico do Brasil, representa sozinho 43% da população em situação de rua do país. Enquanto a capital paulista registra mais de 92 mil pessoas vivendo nas ruas, também existem cerca de 590 mil imóveis vazios, segundo o Censo Demográfico de 2022. A discrepância expõe a falta de políticas habitacionais efetivas e a ausência de direção política que conscientize e organize as massas para a luta pelo direito à moradia. Se há mais de 588 mil prédios ociosos na cidade de São Paulo e 92 mil de população em situação de rua, por que não se faz uma reforma nesses prédios, tornando-os habitacionais? Isso tornaria muito mais barata a questão da moradia.

O Rio de Janeiro, governado por Cláudio Castro, e Minas Gerais, sob a gestão de Romeu Zema, completam esse quadro alarmante. Ambos os estados, governados pela extrema direita, apresentam números significativos de pessoas em situação de rua, mas têm priorizado políticas econômicas que desconsideram a proteção social e só favorecem os riscos.

- Moradia para o povo! Por uma reforma urbana radical!

 

Fonte: https://vermelho.org.br/2025/01/03/estados-governados-por-bolsonaristas-puxam-alta-da-populacao-em-situacao-de-rua/

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