Apesar das ameaças e repressão, a greve nas universidades estaduais cearenses continua
Será essa a tendência do governo petista de Elmano, reprimir servidores públicos que o elegeram? Exigir, como os patrões, que só negocia se os trabalhadores abandonarem o direito de greve?
Movimento dos Trabalhadores em Educação
Diante da greve das universidades públicas cearenses (UECE, URCA e UVA) o governo de Elmano de Freitas (PT), com a cumplicidade das reitorias, vem “tocando o terror”. Por meio da PGE (Procuradoria Geral do Estado), novamente com o apoio das reitorias, conseguiu a declaração provisória de ilegalidade da greve e está exigindo o corte de salários.
A Reitoria da UECE, em particular, está na vanguarda da repressão, pressionando diretore(a)s e coordenadore(a)s a enviar faltas dos grevistas para o corte de salários. Pior, existe a disseminação de mentiras sobre a demissão de professores em estágio probatório, substitutos e temporários por fazerem greve. Noutras palavras, estão atacando os setores mais frágeis da categoria com uma política de terrorismo, própria de ditaduras.
Nesse contexto de repressão e ameaças, a PGE e as reitorias apresentaram a proposta de suspensão da greve por 72 horas para abrir uma mesa de negociação, mantendo a atitude de criminalização do movimento grevista.
Bem, a resposta foi dada no dia 22, em duas assembleias, uma da UECE à tarde e outra da URCA à noite: A GREVE CONTINUA.
Os docentes estão em greve para negociar, porém a ação de ilegalidade deve ser retirada e o governo estadual deve apresentar uma proposta para negociação.
Diálogo, sim! Repressão, não!
A greve é em defesa da universidade pública!