CHINA: redução das enchentes, mais uma das conquistas da revolução
A contenção das enchentes catastróficas nas cidades evitou o deslocamento de mais de 7 milhões de pessoas no país asiático.
Fonte:www.poder360.com.br
De acordo com reportagem do site “Brasil de Fato”[1], a República Popular da China vem combatendo com eficiência impactos de eventos climáticos em seu território, implementando uma série de medidas que visam prevenir e gerar condições para reagir mais rapidamente a enchentes. Alertas nacionais, construção de diques e até inovações como cidades-esponja.
Em 2006, foi criado um mecanismo nacional de resposta a emergências de quatro níveis para controle de inundações e alívio de secas. De acordo com os critérios de controlabilidade, gravidade e impacto, sendo estabelecidos quatro níveis: muito grave (I), grave (II), relativamente grave (III) e comum (IV).
Em 2018 foi instaurado o Ministério de Gestão de Emergências, que centralizou funções antes distribuídas em diferentes órgãos. A pasta assumiu a responsabilidade de coordenar a reparação de rodovias e ferrovias danificadas, o abastecimento de água, o restabelecimento de energia, comunicações e outros serviços públicos.
Medidas como construção de diques e reservatórios também têm auxiliado na mitigação dos impactos das mudanças climáticas no país. Segundo dados divulgados pelo governo em 2024, os mais de 4,5 mil reservatórios de grande e médio porte distribuídos por todo o país conseguiram controlar 60,3 bilhões de metros cúbicos de águas das enchentes em 2023.
Tal esforço significou uma redução em inundações em 1.299 cidades e vilas e em 1 milhão de hectares de terras aráveis, evitando que 7,21 milhões de pessoas fossem deslocadas.
Essa orientação do governo chinês vai contra a lógica atual do imperialismo que impõe a política de austeridade, que desvia recursos públicos para as necessidades do capital.
O mais importante é que indica a herança da Revolução Chinesa de 1949, que instaurou um Estado operário com planificação econômica, coletivização dos meios de produção e controle do mercado exterior. Mesmo dirigida por uma burocracia, com problemas referentes à democracia operária e com contradições surgidas pela presença de relações capitalistas de produção, a China é um forte contraponto à dominação completa do imperialismo, hegemonizado pelos EUA, no mundo.
Os trabalhadores devem defender a socialização da propriedade das grandes empresas capitalistas e a economia planificada como uma alternativa ao mercado controlado por grandes grupos econômicos, isso é progressivo.
[1] https://www.brasildefato.com.br/2024/05/10/china-reduziu-enchentes-em-1-2-mil-cidades-e-evitou-deslocamento-de-7-mi-de-pessoas-em-2023