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Enquanto comunidades recebem ameaças de morte, governador do Estado acena para ameaçadores

Enquanto comunidades recebem ameaças de morte, governador do Estado acena para ameaçadores

É emblemático! Enquanto oitenta famílias agricultoras Sem Terra saíram às ruas de Jaguaruana (26/08), entregando panfletos e conversando com a população a respeito da luta ... o governador do Estado do Ceará, Elmano de Freitas, acena para ampliar privilégios ao mesmo grupo de empresários.

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Por Equipe de Comunicação da OPA

É emblemático! Enquanto oitenta famílias agricultoras Sem Terra saíram às ruas de Jaguaruana (26/08), entregando panfletos e conversando com a população a respeito da luta que ora enfrentam no município para produzir alimentos saudáveis, recebendo todo tipo de ameaça da parte de empresários do camarão (carcinicultores) e políticos locais, a imprensa noticia que o governador do Estado do Ceará, Elmano de Freitas, acena para ampliar privilégios ao mesmo grupo de empresários.

A atividade empresarial de criação de camarão é uma conhecida devastadora da natureza. Além do uso intenso de produtos químicos, do alto desmatamento e de uma absurda concentração da propriedade da terra, pesquisas revelam que, para se produzir 01 Kg de camarão neste modelo, são necessários de 60 a 80 mil litros de água.

“Estão matando nosso rio, envenenando nossa terra. A carcinicultura devasta tudo que encontra pela frente! Aí quando nós, agricultores, ocupamos as fazendas abandonadas e degradadas por eles para produzir alimentos saudáveis e criar nossos filhos, nos ameaçam de morte. Dizem que vão expulsar a gente na bala. Mas nós vamos resistir. É direito nosso, e agora estamos aqui na rua explicando isso para o povo”, denuncia emocionada Solange Silva, da Ocupação Gregório Bezerra.

No panfleto distribuído constam imagens da produção de alimentos nas duas comunidades onde moram as famílias que participaram da panfletagem: a Gregório Bezerra e a Ocupação Dom Fragoso.

“Produzimos na terra recebendo ameaça toda hora, quando deveríamos era receber incentivos, que são nossos direitos. Todos os dias nós pegamos água a 2 quilômetros na carroça para aguar as plantas. Dois para ir, dois para voltar. Imagina isso aqui com um poço, como seria? Já lutamos por mais de uma, duas, três vezes para o governador receber nossa comissão para encaminhar nossa pauta. Ele promete que vai receber, mas nunca recebe. Como acabar com a fome sem resolver a questão da terra, me diz? Como?!, relatou seu Zé Catarina, da Ocupação Dom Fragoso.

Segundo a imprensa, o governador do Ceará trabalha para simplificar licenças ambientais para a carcinicultura, o que acarretaria uma devastação ainda maior.

As duas comunidades fazem parte da Organização Popular (OPA) e, juntas a outras tantas espalhadas pelo Ceará, que passam por problemas semelhantes, lutam para que os governos estadual e federal encaminhem a solução das reivindicações apresentadas.

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