Português (Brasil)

Salário Mínimo de fome para 2024

Salário Mínimo de fome para 2024

Compartilhe este conteúdo:

     

Lula, deixou assinado antes de viajar para as férias de fim de ano o reajuste do salário mínimo dos atuais R$ 1.320,00 para R$ 1.412,00 em 2024. O decreto foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União do dia 27 de dezembro.

A Constituição Federal determina que o salário mínimo deve garantir a manunteção do poder de compra dos trabalhadores. Na verdade, representa o valor da força de trabalho que, segundo o DIEESE deveria ser de pelo menos R$ 6.294,71 em novembro.

Logo, os trabalhadores brasileiros continuam a ser remunerados abaixo do valor da força de trabalho. O valor do salário mínimo brasileiro, mesmo com os aumentos reais concedidos por Lula, ainda é o quinto pior da América Latina, 29% abaixo do paraguaio e 23% abaixo do boliviano.

Isso significa superexploração para os assalariados e mais lucros para as diversas frações da burguesia interna e para o imperialismo.

Nesse ano de 2023, foram transferidos R$ 680 bilhões aos megainvestidores a título de pagamento de juros da dívida pública; outros R$ 500 bilhões na forma de isenções tributárias, das quais R$ 300 bilhões sem nenhuma contrapartida econômica ou social. Para piorar foi concedida “tributação zero” aos mais de R$ 600 bilhões de lucros distribuídos aos proprietários e acionistas de empresas.

A situação é essa: salário mínimo de fome para milhões que produzem a riqueza do Brasil e, ao mesmo tempo, bilhões de reais  para uma minoria de exploradores e parasitas.

Esses dados representam os limites do governo reformista de Lula, que deve ser defendido contra as investidas da extrema direita e do “Centrão”. O governo Lula só avançará com fortes mobilizações populares em torno das reivindicações mais necessárias para milhões de brasileiros e brasileiras.

A luta por um salário mínimo que garanta melhores condições de vida para os trabalhadores é uma tarefa urgente para as organizações de nossa classe, como os sindicatos, as centrais sindicais e os partidos de esquerda.

Compartilhe este conteúdo:

 

 secretaria@partidocomunista.org
Junte-se a nós!