Vitória para a Palestina!
O levante armado dos palestinos em Gaza contra o domínio israelense, pegou Israel de surpresa. Desde a Faixa de Gaza, o maior campo de prisioneiros do mundo, foi realizado um bombardeio de milhares de mísseis das Brigadas Izz al-Din al-Qassem, a ala militar do Hamas. Esse movimento acompanhou a retomada de importantes terras colonizadas, incluindo Sderot e Askelon, que costumavam ser territórios habitados por árabes até que os povos nativos foram postos em fuga pelos terroristas sionistas em 1948. Esse é um evento de tirar o fôlego: os oprimidos virando o jogo contra o opressor após muitas décadas de lento genocídio. Esse ato de revide, previsivelmente, provocou a indignação dos políticos imperialistas do Ocidente, que gritam sobre o suposto "terrorismo" de um povo oprimido que luta contra a limpeza étnica e a perseguição.
Do ponto de vista dos comunistas genuínos, é excelente que “a bota esteja no outro pé” e que os colonos armados de Israel estejam agora com medo do povo que eles oprimiram e cuja terra natal e casas eles roubaram por décadas. As tentativas de extermínio dos palestinos provocam intensa raiva e solidariedade não apenas dos palestinos, mas das massas árabes e de outras populações solidárias da região. Isso colocaria em risco os aliados domesticados de Israel nas regiões, que desmoronariam diante das massas. O Hezbollah no Líbano declarou que se tropas terrestres israelenses atacarem Gaza, o Hezbollah entrará na guerra.
Tanto o Hamas quanto o Hezbollah agora parecem ter acesso a tecnologias de mísseis e drones mais recentes, grande parte delas resultado de inovações iranianas nesse campo, o que parece ter mudado um pouco o equilíbrio militar das forças na região.
A perseguição acelerada dos palestinos na Cisjordânia, tentando levar as populações palestinas de lá a um estado de ataque militar constante semelhante ao suportado pelos palestinos de Gaza, levou à aproximação dos palestinos e à ampliação da simpatia pelo Hamas. Quando eleições moderadamente livres foram realizadas pela última vez em 2005 na Cisjordânia e em Gaza como uma entidade ocupada, o Hamas venceu as eleições de forma convincente, pois era visto pelas massas como incorruptível e incapaz de ser cooptado por Israel, ao contrário da autoridade palestina fantoche de Abbas e do Fatah.
Essa perseguição incessante ao povo palestino visando o genocídio lento, levando à morte ou à fuga daquelas pessoas, levou à reação daquele povo duramente oprimido. A coesão de Israel precisa ser destruída, sua capacidade de guerrear contra as massas árabes precisa ser prejudicada, para dar ao povo palestino o espaço militar e político para travar uma luta pela igualdade plena e pelo direito total de retorno para todo o povo palestino.
A saída deve apontar para a criação de um Estado operário multiétnico da Palestina por meio da revolução permanente, um movimento operário rearmado liderando a luta nacional até a vitória. Isso requer solidariedade e a tomada inequívoca de partido ao lado dos oprimidos neste conflito e nos que virão. Nesse conflito, portanto, dizemos: Um lado está certo, o outro lado está errado! Vitória para os palestinos!
Partido Comunista