“NÃO SOMOS PEIXE. VAMOS LUTAR!”
COMUNIDADES ATINGIDAS POR BARRAGEM APRESENTAM CARTA-DENÚNCIA E AVISAM: “NÃO SOMOS PEIXE. VAMOS LUTAR!”
As comunidades atingidas pela Barragem Fronteiras, em Crateús-CE, parecem ter perdido a última gota de paciência que lhes restava. E olha que há tempos foram mergulhadas num oceano de sofrimentos! Isso porque a obra continua a pleno vapor, com previsão de conclusão para meados de 2024, enquanto direitos fundamentais das famílias atingidas seguem represados.
Uma Carta, elaborada e debatida em assembleias nas comunidades atingidas, denuncia:
"Somos mais de 200 comunidades tradicionais localizadas em Crateús, somos milhares de famílias. Em nossas terras nasceram e se criaram gerações e mais gerações de trabalhadores, gente simples do campo. Sobrevivemos ao longo das décadas graças ao que a natureza nos dá. Graças à agricultura, alimentamos também as pessoas que moram na cidade.”
“Para completar, ficamos sabendo que esta água não é para a gente necessitada. Vem para o agronegócio, aquelas empresas que devoram e envenenam tudo que encontram pela frente, e, principalmente, para servir de suporte hídrico para grandes usinas mineradoras que pretendem se instalar na região. A de Santa Quitéria é uma delas. Obras feitas com dinheiro público, dinheiro nosso, mas a serviço de um desenvolvimento que só nos adoece e nos mata (mulheres, homens, crianças, jovens, adultos, idosos). E isso tudo para quê? Para enriquecer um tantinho de pessoas já muito ricas. Eles não se preocupam com a vida. Eles só enxergam o lucro!”
A construção da Barragem Fronteiras é gerida com recursos dos governos federal e estadual. As comunidades atingidas, juntas a outras tantas espalhadas pelo estado do Ceará, que passam por tribulações semelhantes, há muito que lutam por uma audiência com o comando destas esferas públicas.
Leia o texto completo e a Carta na íntegra no blog da OPA / link na bio
https://www.instagram.com/p/Cw0RNXZrNz2/?igshid=MTc4MmM1YmI2Ng==