Foto: https://www.sinsprev.org.br/leitura.php?editoria=13353

A greve teve início a terça-feira, 16/07 e entre as reivindicações estão o reajuste salarial, a valorização profissional e melhores condições de trabalho. Após meses de negociação e esperando que o governo Lula atendesse efetivamente as reivindicações, a categoria decidiu na Plenária Nacional da Federação (30/06) por deflagração da greve por tempo indeterminado. Essa decisão foi referendada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS/CUT).

O governo federal rejeitou todas as reivindicações da categoria e incluiu medidas que fragilizam a carreira do Seguro Social. Até agora foram um total de três rodadas de negociações com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. A última negociação ocorreu no dia 3 de julho.

Segundo a presidenta da CNTSS, Maria Júlia Reis Nogueira, além do governo não atender às reivindicações da categoria, propôs o congelamento da Gratificação de Atividade Executiva (GAE) e também o rebaixamento dos vencimentos de entrada das primeiras classes, desvalorizando a carreira.

Maria Júlia afirma ainda que nos últimos anos não houve reposição de servidores, ao mesmo tempo que muitos estão se aposentando, criando um gargalo indissolúvel. Afirmou ainda que o diálogo com o governo travou quando o governo propôs o congelamento das gratificações.

Essa situação mostra que o sucateamento do INSS, imposto por Temer e Bolsonaro, continua. Com certeza levará ao aumento das enormes filas, com sistemas inoperantes, falta de equipamentos e de pessoal, impactando nas condições de trabalho e no atendimento à população.

Para o Partido Comunista, essa política de desrespeito do governo Lula a suas bases é a pavimentação para o retorno dos fascistas ao governo do país. A categoria dos servidores das universidades federais já sentiu o dissabor dessa política. Agora, parece ser a vez dos servidores do INSS. Até quando Lula insistirá na infame política neoliberal que sucateia os serviços públicos, atacando direitos, salários e condições de trabalho?

Os servidores em greve merecem respeito, tanto da população quanto do governo. A negociação verdadeira preza por propostas e contrapropostas que signifiquem progresso para a categoria, tanto nas questões salariais quanto nas condições de trabalho.

• Chega de contingenciamentos! Chega de bloqueios!
• Chega de tetos de gastos do Arcabouço Fiscal!
• Lula tem que governar para os trabalhadores e não para banqueiros!