A candidatura de Guilherme Boulos (PSOL) à prefeitura de São Paulo foi oficializada no dia 20 de julho, através de uma Convenção Eleitoral da Frente PT, PSOL, Rede, PDT, PV, PC do B, PMB e PCB no Expo Center Norte. Estiveram presentes, Lula, Boulos, Marta Suplici, Haddad e Erundina.

A cidade é governada pela direita desde 2017, agora, através de Ricardo Nunes (MDB), que busca à reeleição tendo como candidato a vice-prefeito o coronel Mello Araújo (PL), ex-comandante da Rota, apoiado por Bolsonaro e Tarcísio. A reeleição de Nunes poderá fortalecer as tendências fascistas instaladas no governo do Estado, que buscam retomar o governo federal. Por isso, os comunistas não podem vacilar com rompantes esquerdistas e sectários, é preciso impedir a escalada de poder fascista.

Apesar de diferenças que possuem com o programa de Boulos, os comunistas a apoiam e consideram que taticamente ela serve para uma frente única da esquerda pela mobilização social contra o fortalecimento do fascismo na cidade mais rica e populosa do país.

O apoio serve para deter concretamente o avanço da direita e abrir o diálogo que possibilite a classe trabalhadora e sua juventude a superar as ilusões de que se possa atender as demandas populares sem organização e mobilização sociais, sem transcender a disputa no campo das eleições burguesas, sem romper com a política de conciliação com a arquireacionária burguesia paulistana.

Nesse contexto, militantes do Polo Comunista Luiz Carlos Prestes, do Partido da Refundação Comunista e do Partido Comunista constituíram um Comitê Popular Antifascista para apresentar as demandas da esquerda classista e combativa aos candidatos a prefeito e vereadores na capital paulista. Nosso Comitê participou da Convenção Eleitoral dialogando com os participantes através do panfleto “Eleger Boulos contra o fascismo”, com as demandas dos comunistas para o candidato a prefeito e a Câmara Municipal e obteve boa receptividade dos participantes.

No evento, Boulos mencionou alguns projetos como a implementação de ensino integral nas escolas da capital e a ideia de um "mutirão para acabar com o analfabetismo". Acreditamos que são boas propostas e propomos ir além. Por isso, defendemos para a educação que: 1) se anule os projetos de plataformização da Educação; 2) supirima as parcerias público-privadas, que são introduzidos em escolas integrais; 3) ponha fim a terceirização dos serviços públicos escolares; 4) atenda as demandas da educação infantil e fundamental.

No site, publicamos, na íntegra, o panfleto que o Comitê distribuiu na Convenção Eleitoral.