As principais autoridades cubanas enviaram hoje uma mensagem ao povo a poucos horas do aniversário de 66 anos do triunfo da Revolução, em 1 de janeiro.

"Queridos compatriotas: Infinitas graças pelo heroísmo diante da barbárie da guerra econômica que nos é feita", declarou Miguel Díaz-Canel, Primeiro Secretário do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba e Presidente da República.

Com sua mensagem, o presidente encorajou a lembrar o ano que termina, não pelos obstáculos e carências, mas pelas vitórias alcançadas.

«Honra e emocionante saber fazer parte deste povo que não nasceu destinado à grandeza. Ele ganhou com um golpe de heroísmo e criatividade na resistência. Viva para sempre Cuba livre e soberana pela vontade de seu povo", acrescentou o chefe de Estado.

Sua mensagem foi acompanhada de um vídeo, no qual a vida diária dos cubanos é acompanhada por suas palavras no encerramento do Quarto Período Ordinário de Sessões da Assembleia Nacional do Poder Popular em sua décima Legislatura, no Palácio de Convenções, em 20 de dezembro de 2024:

Na Cuba de hoje, ninguém precisa andar muito longe se quiser encontrar nossas heroínas e heróis: são milhões! Eles formam o corpo e a alma de uma Revolução que resiste e se refaz incessantemente. São de todas as cores e de todas as idades. Eles não pensam em medalhas ou homenagens, porque estão empenhados em fazer a vida do dia a dia.

Eles não pensam em perder, mas em vencer; e se alguém lhes perguntar o que eles estão fazendo, eles dirão que estão "na luta", "na luta", "fajados", sem chorar, sem se ajoelhar, porque ao seu amado país o império mais poderoso da história está negando, há mais de 60 anos, a sangue frio e com total perversidade, seu direito ao bem-estar.

Há nossos heróis e mártires, aqueles que, como disse José Martí, são sagrados porque serviram à Pátria. E há também os de agora, aqueles que ainda não estão em nenhum livro: todos aqueles que colocam suas mãos e inteligências em função de Cuba; aqueles que sabem que o trabalho é a fonte de todo lucro; aqueles que não negam amargamente porque algo foi feito de errado ou faltou a ser feito, pois se esforçam nas soluções; aqueles que colocam peito e mãos na vida e vão arrancando pedaços dos problemas, assim como a erva daninha sendo arrancada do caminho.

Esses protagonistas do heróico têm nomes e sobrenomes: são nossos filhos, sempre alegres; são seus professores e professoras, com a humildade como sinal, e cheios de luzes, muitos fazendo maravilhas em cantos surpreendentes da geografia. São nossos trabalhadores cheios de gordura, de fuligem ou de lama, mas cheios de coragem enquanto limpam um poço, ou compõem uma caldeira termoelétrica, ou erguem uma torre de alta tensão ou um poste que foi derrubado no chão por um furacão.

São nossos médicos, enfermeiros, cientistas, artistas e criadores; são todos os empreendedores que sonham com a ordem, com a limpeza e com que as coisas funcionem bem. É a família passando a camisa da escola como for, e a qualquer hora de pé em frente às panelas da casa (Aplausos). São nossos jovens – aquela força sagrada do país – querendo fazer algo útil. São nossos quadros incansáveis, aqueles que no terreno devem tomar decisões ousadas e unir vontades. Heróis são todos, absolutamente todos aqueles que não acreditam na derrota! São heróis invencíveis!