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É hora de estatizar os bancos para acabar com a agiotagem

É hora de estatizar os bancos para acabar com a agiotagem

Após diminuição das taxas, instituições financeiras reduzem concessão de financiamentos para aposentados e pensionistas.

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Foto: https://cidadesnanet.com

 

Os bancos voltam a querer chupar mais o sangue de aposentados e pensionistas do INSS que dependem do crédito consignado para ter uma vida mais digna. A novidade agora é que as instituições financeiras estão pressionando o governo e o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, a reavaliar – para cima, evidentemente – o teto de juros para essa modalidade de empréstimo.

Desde março de 2023, o Ministério da Previdência tem promovido diminuições nessas taxas, que passaram de 2,14% para 1,66% ao mês, chegando a um total de 21,84% ao ano. A medida visa aliviar o peso das dívidas sobre os beneficiários, muitas vezes alvos fáceis de valores abusivos. Tal medida é paleativa é tímida, pois os juros são altíssimos se comparados com outros países. A taxa de empréstimo indicada pelo Banco Central Europeu (BCE) não chega a 5% ao ano.

“A política de não ter aumento da taxa de juros e, se possível, até diminuição, é uma política governamental para favorecer quem mais precisa, no seu momento mais difícil, que são os aposentados e os pensionistas”, explicou o ministro. Segundo ele, o objetivo do governo é transferir a queda da Selic para os beneficiários do INSS, garantindo que tenham uma vida financeira mais equilibrada. No entanto, essa boa intenção do governo Lula não toca na sangria de aposentados e pensionistas.

Ao contrário do que os bancos afirmam, esses empréstimos consignados são vantajosos, pois trazem juros anuais de 21,84% em operações de baixo risco, já descontadas em folha de pagamento. Essa taxa é mais do que o dobro da Selic, atualmente em 10,5%. “Quando é conveniente, quando (os juros) aumentam, eles (os bancos) acham que é bom. Quando a taxa (Selic) começa a baixar ou estabiliza, eles não acham bom. Eu quero entender isso. Tenho dificuldade de entender essa duplicidade, essa interpretação”, afirmou Carlos Lupi, afastando qualquer possibilidade de mudança nas atuais regras de financiamento. Tal fala demonstra a natureza parasitária das instituições financeiras.

A política de redução dos juros do crédito consignado é uma bandeira paleativa do governo Lula, mas não representa uma conquista para os aposentados e pensionistas do INSS. Somente a estatização do sistema financeiro, medida histórica do movimento operário-popular permitirá oferecer melhores condições de empréstimos, garantindo um futuro mais digno e seguro para os trablhadores e trabalhadoras beneficiários. Antes da estatização, uma medida imediata seria a anistiar as dívidas de aposentados e pensionistas com as instituições financeiras, baixando as taxas de juros a um mínimo aceitável para a classe trabalhadora.

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