Argentina: trabalhadores de saúde, de volta às ruas
Trabalhadores e trabalhadoras da saúde dão um exemplo na luta contra as privatizações do governo neofascista de Milei.
Em 21 de novembro, declarado "Dia da Enfermagem", trabalhadores e trabalhadoras do Hospital Garrahan e da saúde pública saíram novamente às ruas, com uma mobilização do Congresso à Legislatura de Buenos Aires.
Foram destacadas as delegações do Garrahan, Bonaparte e do Centro de Saúde Mental N° 1. Também de enfermagem, que foi nucleada atrás de bandeiras e cartazes de diferentes hospitais, como Tornú, Mendez, Santojanni, Ramos Mejía, Durand, cartazes de autoconvocados, delegações de ATE e ALE (Associação de Licenciados de Enfermagem). Participaram trabalhadores da fábrica do Hospital Moyano, uma delegação do Hospital Posadas, de Cicop, CTA Autónoma e partidos de esquerda.
O dia foi votado em uma reunião de coordenação convocada pelo Garrahan e reafirmada na assembleia geral do referido hospital na semana passada, juntamente com uma paralisação de 24 horas. Faz parte do plano de luta que vêm levando adiante os colegas do hospital pediátrico nacional por aumento salarial, em rejeição às políticas privatistas do novo Conselho de Administração e em rejeição ao imposto sobre o salário.
Apesar das provocações, a megaoperação policial de Bullrich-Macri não conseguiu impedir que a mobilização chegasse à Legislatura. No percurso, os transeuntes aproximavam sua solidariedade ou aplaudiam a passagem da coluna. Dos carros tocavam buzinas em apoio e vizinhos e trabalhadores do centro de Buenos Aires espreitavam das janelas e varandas.
Os cânticos foram dirigidos aos governos liberticidas de Milei e Jorge Macri. Também para a polícia - "que vergonha você me dá, quando seu filho fica doente, você o manda para o hospital" e "que eles vão", cantou cara a cara para o cordão.
No final, representantes de enfermagem, que vêm reivindicando o passe para a carreira profissional, leram um documento. A próxima ação será no dia 22 de novembro, às 19 horas, com uma marcha de tochas de Callao e Corrientes. Além disso, os trabalhadores do Centro de Saúde Mental Número 1 estão organizando um dia para quarta-feira, 27.
Enquanto a mobilização se desenvolvia, apareceu na mídia que o governo pretende avançar na privatização dos hospitais nacionais. Diante desses ataques, torna-se necessário, mais do que nunca, coordenar ações entre todos os hospitais e centros de saúde para dar uma luta de conjunto.
Daniela Magoc
Fonte: https://politicaobrera.com/13100-trabajadores-de-salud-de-nuevo-en-las-calles