Palestina: Corte Internacional manda prender os criminosos Benjamin Netanyahu e Yoav Gallant,
O Tribunal Penal Internacional emitiu na quinta-feira mandados de prisão contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e seu ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, por supostos crimes de guerra em Gaza. Ele também acusou três líderes do Hamas, mas todos já foram mortos por Israel.
Foto: Abir Sultan/Pool/AFP
Os mandados de prisão acusam Netanyahu e Gallant de serem coautores de crimes de guerra por fome e de conduzir intencionalmente ataques contra a população civil; crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil de Gaza; de privar intencionalmente a população civil de Gaza de alimentos, água, medicamentos e suprimentos médicos, bem como combustível e eletricidade. E alega que bloquearam e condicionaram ilegalmente a ajuda humanitária à população sitiada de Gaza.
Embora a resolução não fale de extermínio, acusa Netanyahu e Gallant de terem "criado condições de vida calculadas para causar a destruição de parte da população civil de Gaza", uma linguagem jurídica que abre as portas para acusações de genocídio.
Os mandados de prisão de um processo que começou em 2021 - muito antes da última invasão de Gaza - foram emitidos após o maior atraso na história da Corte, durante o qual a perseguição israelense e americana à Corte, a calúnia contra a Corte por parte da mídia sionista e grupos de pressão, e as mudanças de pessoal, também não tiveram precedentes.
O mandado de prisão significa que Netanyahu e Gallant não poderão viajar para nenhum dos 120 países do mundo que reconhecem a jurisdição do tribunal internacional. Por exemplo, Reino Unido, todos os Estados membros da União Europeia, Austrália, Canadá, China, Japão e outros. Eles poderão visitar os Estados Unidos e a Índia - dois importantes aliados de Israel -, mas isso é tudo.
A paranóia também ganhou muitos israelenses, desde oficiais de alto escalão até soldados rasos que participaram ou participam da limpeza étnica em Gaza, e temem que, se saírem para o exterior, serão emitidos mandados de prisão.
A decisão tardia da Corte Internacional foi fruto da grande pressão de massas em defesa do povo palestino. Isso, não freará o genocídio e expansionismo sionista. Isso que exige o fortalecimento da mobilização internacional contra o Estado colonial de israel por uma PALESTINA LIVRE DO RIO AO MAR.