O PC esteve presente na plenária do Diálogo e Ação Petista - DAP em Fortaleza, ocorrida no dia 29/7.  O DAP lutou, com outras forças políticas, para que o PT tivesse uma candidatura identificada com a história do partido em Fortaleza e com os movimentos populares. Apoiaram a deputada Luizianne Lins contra a pré-candidatura de Evandro Leitão, deputado estadual, recém filiado ao PT e sem nenhuma ligação com as lutas populares. Numa disputa dominada pela burocracia partidária, o DAP e e outras correntes saíram derrotados.

Para piorar a vice de Evandro Leitão será a deputada Gabriella Aguiar (PSD), o que não foi discutido no Diretório Municipal (DM) nem na Executiva do PT. Na verdade, a direção do PT vem reproduzido a política falida do stalinismo de alianças com os setores "democráticos" da burguesia. Isso deu no que deu, no mundo e no Brasil, desmoralização do movimento operário-popular, vitória da burguesia e burocratização dos partidos comunistas.

No contexto geral, a Prefeitura de Fortaleza está nas mãos do PDT, vinculado ao grupo oligárquico dos Ferreira Gomes, cada vez mais próximo do bolsonarismo. Enquanto isso, candidatos da extrema direita aparecem bem colocados nas pesquisas eleitorais.

Diante disso, a posição mais progressiva, que garante melhores condições de luta para os trabalhadores e trabalhadoras de Fortaleza, é o voto no PT.

No entato, tal voto não é acrítico e deve ser vinculado às reivindicações populares. Um militante do PC afirmou que "a principal tarefa é derrotar a extrema direita com um programa de reivindiações populares".

Com a presença da candidata Adriana Almeida, vereadora do PT, foram levantados compromissos e pontos de uma pauta de reivindicações, como:

- Defesa do povo palestino contra o genocídio e pelo cessar-fogo em Gaza;

- Defesa do serviço público;

- Reversão das diversas formas de privatização (OSs, terceirizações. PPPs. etc);

- Garantia de plano de carreira para agentes administrativos;

- Defesa da mulher trabalhadora, do povo negro,  da juventude e das orientações sexuais minoritárias;

- Continuação da grande marcha da classe trabalhadora de 22/5, por meio da exigência de revogação das contrarreformas dos governos Temer e Bolsonaro;

- Defesa do meio ambiente e da habitação popular diante do capital imobiliário que se apossa da cidade;

- Transporte estatal e gratuito para todos.