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Piracicaba-SP: recomeçaremos mais fortes!

Piracicaba-SP: recomeçaremos mais fortes!

Prefeito odiado e a justiça dos ricos antecipam despejo temendo a organização dos trabalhadores e o crescimento da OPA na luta pela moradia no Estado de São Paulo

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No início de setembro, cerca de 50 famílias de trabalhadores que não tinham onde morar, ocuparam um terreno no bairro Santa Fé, em Piracicaba, São Paulo, que não cumpria qualquer função social. O município, localizado a 155 km de São Paulo, tem mais de 423 mil pessoas, 3/4 dos quais são eleitores.

O terreno pertence, juridicamente, a prefeitura de Piracicaba, governada pelo odiado prefeito Luciano Almeida (PP), cuja gestão é reprovada por 77% da população. Luciano quer se reeleger, mas, não por acaso, o político de direita aparece como um dos últimos colocados nas pesquisas de intenção de votos, atrás de outros três candidatos.

A prefeitura, testa de ferro dos especuladores imobiliários, utiliza a questão da  preservação ambiental para justificar o despejo, preocupação que não se manifesta quando da expansão da área do município pelo capital, nem com a natureza muito menos com as vidas humanas. Em Piracicaba, os representantes do capital, tanto na prefeitura quanto no governo do Estado, criminosamente despejaram famílias de trabalhadores inclusive durante a pandemia.

Na madrugada de domingo, a Polícia Militar esteve na ocupação, jogado bombas e realizado disparos com bala de borracha. Além disso, no mesmo final de semana, os trabalhadores foram atacados também por incêndios criminosos, que também vêm sendo realizados pelos agentes do capital em várias partes do país contra sem tetos, povos indígenas, quilombolas e as florestas, nessa época do ano. Além dessas armas, o capital apelou, como de costume a justiça dos ricos, que, para eles, foi extremamente célere ao decretar a ordem de despejo para a manhã do dia 10 de setembro, todavia, antes mesmo da famílias poderem se organizar para resistir por meios jurídicos e organizativos, o despejo foi feito de forma antecipada, como denuncia a nota abaixo da OPA, uma organização de luta popular que nasceu no Nordeste, há mais de 10 anos e vem se espalhando pelo Brasil:

"Estado repressor a serviço dos ricos se antecipa à sua própria decisão e despeja famílias da Ocupação Palmares com fogo e trator, em Piracicaba-SP.

A previsão de ação contra as famílias que lutavam pelo direito à moradia era para amanhã, 10/9, mas juíz e prefeito agem sorrateira e criminosamente no dia de hoje, para que não houvesse possibilidade de êxito na contestação judicial feita pelos trabalhadores e trabalhadoras.

Quando um direito humano tão básico, quando um problema tão sério não é resolvido em sua raiz, como ocorrido, a luta não é derrotada. Seu recuo é pegando impulso. Retornaremos mais fortes.

ENQUANTO MORAR FOR PRIVILÉGIO, OCUPAR É UM DIREITO!"

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