Por Fábio Sobral

Segundo Turno em Fortaleza

Análise concisa:

1) O tempo de campanha é extremamente curto, o que exige um choque;

2) Ou o Lula entra para valer ou não vai ser possível vencer;

3) A campanha do Evandro não discute os principais problemas da cidade, nem as modificações que o mundo urbano vai exigir e já está exigindo, como crise hídrica, crise climática, fome, inteligência artificial devastando empregos, necessidade de áreas verdes, entre outros temas;

4) A propaganda dele é tradicional, a do concorrente desafia (nas palavras) o poder tradicional. Ou seja, Evandro é o candidato do poder;

5) O PT voltou ao começo. A primeira capital gerida por ele foi Fortaleza. Pode ser de novo a única;

6) Não está havendo compreensão do risco por baixa capacidade de análise. O governo federal é muito, mas é insuficiente;

7) O Evandro precisa fazer um pacto com a periferia. Uma administração de fato voltada para o povo. E mostrar que os ricos votaram no outro lado;

8) É preciso abandonar a arrogância e a autossuficiência da direção. É típico da derrota. Algo que já está dito na “Arte da Guerra” de Sun Tzu. O exército que se supõe vitorioso antes da batalha será derrotado; e

9) A direção achou que podia tudo e qualquer coisa. Impôs um nome. E trata a militância como meros serviçais. Há uma oportunidade única de alterar essa prática. A reclamação das bases é generalizada e a direção analisa como se fosse falta de ação das bases. Ou muda agora ou vai para o colapso.

Propostas:

1) Um programa popular;

2) Propor a superação de problemas históricos de Fortaleza;

3) Um novo marketing;

4) Ouvir as correntes e as bases.